domingo, julho 02, 2006

silêncio


O mar ao longe lembrava fragmentos dos teus olhos perdidos e meia dúzia de silêncios
Quando se repunha era como que meio sorriso abalasse a terra e a dor se esvaísse

Como tu farias se ali estivesses num abraço oportuno

e às tantas figuravam no mar pequenos barcos a vela como lenços da paz,
os que abanarias quando me visses chorar
sem razão aparente

os meus pés descalços inundavam a areia de sulcos

imaginei o teu corpo recostado numa rocha porto de abrigo lá, no dobrar do horizonte
mas nada vi

nem mesmo o tão claro horizonte pejado de nuvens e suicídios

são incalculáveis as formas do fim

até num poema...